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Etimologia
O nome Guarantã tem origem numa árvore típica da região, com o nome científico de Esenbeckia leiocarpa, da família das rutáceas. É uma madeira conhecida por sua resistência. Guarantã tem origem tupi, sendo formada por “gwa’rá (de yby’rá)”, significando: madeira; e “ã’tã”, que significa: dura, resistente; (madeira resistente) (LCT). A árvore apresenta protuberâncias de alto a baixo, formando um interessante trançado. Dá a entender que o povo da região é resistente, rijo, nobre.
O nome foi escolhido por existirem em abundância nas matas da região uma espécie de árvore popularmente conhecida por este nome, o norte foi acrescentado para diferenciar de um homônimo existente no estado de São Paulo .
História
A abertura da BR-163, na década de 70, proporcionou a penetração e abertura de todo o norte mato-grossense. Guarantã do Norte nasceu do assentamento agrário realizado pela Cooperativa Tritícula de Erechim Ltda e Incra. Em 1980 chegaram as primeiras famílias vindas do Rio Grande do Sul que formaram a Vila Cotrel, logo em seguida chegaram os brasiguaios.
Entre as décadas de 1970/1980 o Governo Federal incrementou, na região Norte do país, o programa de colonização, nas áreas eleitas prioritárias para fins de reforma Agrária e Segurança Nacional, criando, através do INCRA, inúmeros projetos de Assentamentos Agrários.
A finalidade inicial era colonizar o Norte do país e solucionar vários problemas sociais existentes na região Sudeste do Brasil, envolvendo trabalhadores rurais entre pequenos proprietários, sem terra e aqueles explorados sob regime de escravidão branca.
Em decorrência dos fatos acima citados e, voltando especificamente para a nossa Região, em 1979 foi criado pelo INCRA, através da Superintendência Regional do Estado de Mato Grosso, um projeto de colonização denominado Projeto de Assentamento Conjunto Peixoto de Azevado (PACPA), com 245.000,0000 hectares sobre a Gleba Braço Sul, localizada, originalmente, no Município de Colíder/MT.
O Projeto foi implantado em parceria técnica e administrativa com a Cooperativa Tritícola de Erechim Ltda/Cotrel para assentar aproximadamente 1.200 agricultores oriundos do Rio Grande do Sul, envolvendo aqueles que tiveram suas propriedades rurais destruídas pela construção de Barragens Hidrelétricas, e os filhos dos Pequenos proprietários rurais, sócios da referida Cooperativa, cuja dimensão das propriedades eram insuficientes para absorver toda a força de trabalho produtiva do conjunto familiar.
Em 1981 foi criado, também, pela Superintendência Regional do INCRA de Mato Grosso, o Projeto de Assentamento Braço Sul, com 211.000,0000 hectares, sobre a Gleba Braço Sul, para assentar aproximadamente 1.300 agricultores, envolvendo 200 posseiros já existentes na referida Gleba, os Sul Mato-grossenses, que viviam sob regime de trabalho escravo em fazendas localizadas no território Paraguaio (os brasiguaios), e outros oriundos de Mundo Novo/MS e de cidades daquele Estado e do Estado de Mato Grosso.
Em 1982 os dois Projetos foram elevados à categoria de Distrito do município de Colíder/MT, com a denominação de Guarantã do Norte e, em 1986, à categoria de município de Guarantã do Norte, transformando, em 1987, o PACPA, em sua maior extensão territorial, a partir da margem direita do Rio Braço Norte, na categoria de distrito do município de Guarantã do Norte, com a denominação de Novo Mundo, e que, em 1996, transformou-se em município de Novo Mundo.
A partir de 1994 foram criados mais quatro assentamentos nas áreas remanescentes do Projeto de Assentamento Conjunto Peixoto de Azevedo, onde não foram efetivados os assentamentos previstos originalmente, com a denominação Projeto de Assentamento Bela Vista, Castanhal, Cotrel, Cachoeira da União e Barra Norte, todos localizados no Município de Novo Mundo.
Na área remanescente do Projeto de Assentamento Braço Sul, onde também não foram implementados os assentamos previstos, foram criados mais três Projetos com a denominação de Projeto de Assentamento Horizonte II, Iririzinho e São Cristóvão, todos localizados no município de Guarantã do Norte.
Os Projetos criados a partir de 1994 tiveram como objetivo básico regularizar a situação de centenas de agricultores que já se encontravam de posse daquelas terras mas, que não tinham suas ocupações reconhecidas pelo INCRA.
Geografia
O município de Guarantã do Norte faz limite com os municípios de Novo Mundo, Matupá e o Sul do Pará. Guarantã é cercado por um grande bioma: a mata Amazônica. O município possui uma Área territorial de 4.763,3 km², sendo 65,9 km² somente de área urbana, constituída ainda de 5.558 residências urbanas. Guarantã do Norte está localizado à 725 km da capital de Mato Grosso, Cuiabá, ao extremo norte mato-grossense, às margens da BR 163 – Rodovia Cuiabá/Santarém – divisa com o Estado do Pará, incluso na mesorregião 06.
Hidrografia
A bacia hídrica de Guarantã é formada por vários rios,sendo os principais Rio Braço Norte, Rio Braço Sul e Rio Peixotinho, diversas nascentes garantindo a viabilidade da exploração do solo em atividades comerciais.
Clima
O período das chuvas ocorre de setembro a abril com uma precipitação pluviométrica anual de mais de 2.000mm, a temperatura média anual fica entre 25 °C mínima e 33 °C máxima. O clima é fator importante e completa o quadro favorável ao desenvolvimento de atividades agropastoris.
Demografia
Segundo o Censo do IBGE, em 2010 a população do município era de 32.216 pessoas. Segundo as estatísticas mais recentes, em 2019 a cidade tinha 35.816 habitantes.[5]
Religião
Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, realizado em 2010: 67,61% da população residente era católica romana, 22,01% era protestante, 8,54% era sem religião, 1,46% de Testemunhas de Jeová, 0,30% espírita e 1,08% restantes eram os membros de todas as demais religiões.[6] O resultado mostra que o número de católicos na cidade foi levemente maior que a média nacional naquele ano que era de 64,6% e o de protestantes foi quase igual a média brasileira de 22,2%.[7]
Dentro dos 22,01% de protestantes na cidade em 2010, 2.160 pessoas (6,7%) da população guarantense era composta por Evangélicos de Missão, dentre os quais os maiores grupos foram: 972 (3,01%) adventistas, 632 (1,96%) batistas, 239 (0,74%) presbiterianos, 160 (0,49%) luteranos e 157 (0,48%) metodistas.
Os pentecostais contaram 4.175 pessoas (12,95%) da população local, dentre os quais destacam-se: as Assembleias de Deus com 2.074 pessoas (6,43%), Congregação Cristã no Brasil com 842 pessoas (2,61%), Igreja do Evangelho Quadrangular com 109 pessoas (0,33%), Igreja Universal do Reino de Deus com 751 pessoas (2,33%), Igreja Pentecostal Deus é Amor com 37 pessoas (0,11%), e demais grupos pentecostais não nominados pelo censo (que incluem Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Verbo da Vida, Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, entre outras) com 207 pessoas (1,12%).
Economia
Sua economia está diversificada tendo bases fortes na pecuária com cerca de 300 mil cabeças de bovinos, incluindo uma das maiores bacias leiteiras da região com uma produção de cerca de 22 milhões de litros de leite por ano, e a agricultura, tem na cultura do arroz sua maior expressividade registrando em 2004 mais de 120 mil toneladas, a produção agrícola segue com as culturas de milho, feijão e em escalas menores, destaca-se também a fruticultura. Estão implantados no município 02 cooperativas e 3 laticínios com industrialização de leite e derivados, além de uma fábrica de polpa de frutas que absorve a produção local.
Infraestrutura e serviços
Por estar localizada as margens da BR-163 que liga Cuiabá a Santarém, destaca-se como pólo na prestação de serviços, com 5 agências bancárias (Banco do Brasil; Bradesco; Caixa; Sicredi e SICOB) , 2 emissoras de TV (TV Migrantes; TV Amplitude) e 2 Rádios locais (Continental FM 97,9; Meridional FM 105,7), escritórios contábeis, de planejamento, engenharia, entre outros. Atendendo municípios vizinhos e até mesmo na região sul do Pará. A maior parte das indústrias se desenvolvem em torno do aproveitamento de manufaturados locais, como laminadoras, serrarias e fábrica de móveis, foram implantadas indústrias no setor de construção civil, como pré-moldados e artefatos de cimento e da agro indústrias, a exemplo da fábrica de ração e sal mineral. O município possui uma estação de tratamento de água, com capacidade para distribuir 01 milhão e meio de litros por dia, com condições de atender 100% das residências. Outro ponto positivo para o desenvolvimento da indústria e do comércio é a rede de energia elétrica resultante de 03 usinas hidroelétricas em pleno funcionamento e mais uma em construção.
Educação
A educação conta só com cerca de 8.530 alunos distribuídos em 3 creches, 14 escolas de ensino fundamental, 1 escolas de ensino médio, e 2 colégios particulares. No nível superior conta com 4 faculdades particulares com 16 cursos e 1 Universidade Aberta do Brasil com 1 curso pela UFMT. Além de um Campus do Instituto Federal de Mato Grosso (Campus Avançado Guarantã do Norte) com o Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio e 3 cursos superiores.
Creches Municipais
- Centro Educacional Infantil Gabriela Torezzan
- Centro de Educação Infantil Arco-Iris
- Centro de Educação Infantil Tia Tété
- Centro de Educação Infantil Gente Miúda
Escolas Públicas Municipais
- E. M. Beija-Flor
- E. M. Darci Ribeiro
- E. M. Estrelinha do Norte
- E. M. 13 de Maio
- E. M. Santa Marta
- E. M. Sueli Omira
Escolas Públicas Rurais[
- E.M.do Campo Santa Ana
- E.M.do Campo Base Aérea
- E.M.do Campo Boa Esperança
- E.M.do Campo Sol Nacente
- E.M.do Campo Novo Horizonte
Escolas Públicas Estaduais
- E. E. Albert Einstein
- E. E. Irany Jaime Farina
- E. E.Guarantã
- E. E.Prof. Élcio Prates
- E. E. Kreen Akarore
Escolas Particulares
- Colégio Inovação
- E. Monteiro Lobato
Faculdades
- AJES - Faculdade do Norte de Mato Grosso
- Faculdade Ortodoxa (FACO)
- IFMT - Instituto Federal de Mato Grosso - Campus Avançado Guarantã do Norte
- UNIFAMA - Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte
- Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
- Universidade Aberta do Brasil (UAB)
- Centro Universitário Internacional (UNINTER)
Saúde
Na área da saúde há um hospital particular, além de clínicas especializadas, um hospital público e 7 postos de saúde da família, 1 Centro de Reabilitação, 01 Centro de Atenção Psicossocial e 1 Centro de Saúde.
Turismo
Dentre os diversos pontos turísticos de Guarantã do Norte, destacam-se:
- Balneário Streg: local é bem estruturada com churrasqueiras, tendas e restaurante;
- Rio Braço Norte: o rio braço norte faz dele um verdadeiro manancial de água doce, vários locais turísticos só é possível pela existência do mesmo, além de ser o principal rio da cidade é também oque abastece com suas águas a população;
- Cachoeira Três Quedas: a cachoeira três quedas está em divisa com Guarantã do Norte e Serra do Cachimbo no PÁ. A cachoeira é um dos principais pontos turísticos da região do vale;
- Praça da Cultura: a praça da cultura é um local onde os principais eventos acontecem, como shows, torneios, gincanas.
Referências
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ ab «Estimativa populacional 2019 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2019. Consultado em 14 de setembro de 2019
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ ab «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «IBGE: Guarantã do Norte». Consultado em 30 de dezembro de 2019
- ↑ ab «IBGE: Religião em Guarantã do Norte em 2010». Consultado em 30 de dezembro de 2019
- ↑ «Censo 2010: Religiões no Brasil». Consultado em 7 de maio de 2019
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