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Radio Faveni-Guarantã do norte

terça-feira, 7 de abril de 2020

Atividades do 8º Ano

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Migração, Imigração e Emigração

Imigração e emigração ocorrem quando uma pessoa ou grupo se muda de seu país para outro. O termo imigração é usado para a entrada de pessoas em um país estrangeiro. Já emigração significa o movimento de saída de pessoas de um país para morar em outro.
Já a migração também significa um movimento, mas pode ser utilizada para mudança entre regiões.
MigraçãoImigraçãoEmigração
DefiniçãoMovimento que uma pessoa, grupo ou animal realiza de um determinado local para outro.Entrada de uma pessoa em um país estrangeiro, para estabelecer nova residência. O indivíduo que imigra é chamado imigrante.Saída da pessoa de seu país de origem para viver em outro. O indivíduo que emigra é chamado emigrante.
NívelPaís ou região.País.País.
AplicaçãoPode-se aplicar à pessoas ou animais.Pessoas.Pessoas.
TempoPermanente ou temporário.Permanente.Permanente.
OrigemDo latim migro, que significa "ir de um lugar para outro".Do latim immigratus, que significa “se mudar para".
Do latim emigratus, que significa "se afastar".
Imigrar e emigrar são duas visões sobre um mesmo movimento. Por exemplo, se você nasceu no Brasil e foi viver nos Estados Unidos, isso quer dizer você emigrou do Brasil e imigrou para os EUA.

O que é imigração?

Imigração é usando quando uma pessoa entra em um país estrangeiro para viver, deixando seu país de origem. Por exemplo:
  • Meus avós imigraram para o Chile na década de 1950.
Imigrar implica um movimento permanente e aplica-se apenas a pessoas.
Embora existam leis específicas para imigração e emigração, a imigração costuma ser rigorosamente controlada pelas nações anfitriãs.
Manifestação a favor dos imigrantes nos EUA
Manifestação a favor dos imigrantes nos EUA

O que é emigração?

A emigração ocorre quando uma pessoa ou grupo deixa seu país para se instalar em outro. Por exemplo:
  • Meus avós emigraram de Portugal.
A emigração implica um movimento permanente e também apenas aplica-se a pessoas.
A emigração é consagrada na lei fundamental, do princípio nº 2 do artigo 13º da Declaração Universal dos Direitos do Homem:
Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.

Imigrar x Migrar
O termo imigrar geralmente se refere ao cruzamento de um limite político, como ir de um país para outro. Já migrar pode ser usado quando alguém se muda para uma nova região, não sendo necessário a ida para terras estrangeiras. Por exemplo:
  • Muitas pessoas estão migrando do interior do país para as capitais.
Neste caso, as pessoas não estão se mudando para uma terra estrangeira, mas apenas migrando de uma região para outra.
Além disso, as migrações podem ser permanentes ou temporárias, por exemplo:
  • Movimento permanente:
    Muitos nordestinos migraram para São Paulo em busca de trabalho.
  • Realocação temporária:
    Muitos trabalhadores migram para o norte para a época agrícola.
Quando migrar se aplica a animais como pássaros, geralmente significa uma mudança sazonal ou temporária de habitat. Por exemplo, quando pássaros das regiões frias do norte do planeta migram para o sul durante o inverno.

O impressionante crescimento da população humana através da história

"A continuidade do crescimento demoeconômico e da pegada antrópica, no contexto do metabolismo entrópico, pode levar ao colapso da economia moderna", alerta José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 05-04-2017.
Eis o Artigo
“A terra não nos pertence, nós pertencemos a Terra”

Chefe Seattle
“Somos a primeira espécie capaz de auto-aniquilação”
Elon Musk


Um vídeo do Museu de História Natural norte-americano mostra a evolução da população humana, desde o surgimento do Homo Sapiens – há cerca de 200 mil anos – até os dias atuais, contando a expansão da presença humana e as migrações em apenas 5 minutos.
(Fonte: EcoDebate)
Como descrevi no artigo, “Somos todos afrodescendentes” (21/09/2016), o Homo Sapiens surgiu na África e iniciou seu processo de migração para fora do continente por volta de 90 mil anos atrás. O número total de indivíduos da espécie permaneceu baixo (menos de um milhão de pessoas) até o início da revolução agrícola que ocorreu aproximadamente 10 mil anos atrás.
Mas com o crescimento da produção agrícola e o avanço das cidades, a população mundial, aproveitando a ampla disponibilidade de recursos naturais, chegou a 5 milhões de habitantes por volta do ano 8 mil anos atrás. No ano de nascimento de Cristo, ano 1 da era cristã, a população mundial era de 170 milhões. No ano 1000 a população mundial alcançou a cifra de 330 milhões. Por volta de 1350 a população chegou a 370 milhões e pela primeira vez teve uma queda devido à peste bubônica.
Na época das grandes navegações e do descobrimento do Brasil, a população mundial estava por volta de 450 milhões de pessoas, gastando cerca de 1500 anos para dobrar de tamanho. Por volta de 1800, com o início da Revolução Industrial e Energética, a população mundial chegou a 1 bilhão de habitantes. Ou seja, demorou 200 mil anos para a humanidade atingir o volume de mil milhões de pessoas.
A marca de 2 bilhões de habitantes foi atingida em 1927. Os 3 bilhões foi em 1960, 4 bilhões em 1974, 5 bilhões em 1987, 6 bilhões em 1999 e 7 bilhões em 2011. Assim, a humanidade tem adicionado 1 bilhão de habitantes a cada 12 ou 13 anos. A marca de 8 bilhões deve ser atingida em 2023 ou 2024.

O gráfico abaixo, com base nas projeções da Divisão de População da ONU, mostra que a população mundial em 2100 pode variar entre, aproximadamente, 7 bilhões e 17 bilhões de habitantes. Com estimativa média de 11 bilhões. Tudo depende, fundamentalmente, da taxa de fecundidade.

colocar aqui a legenda (Foto: nome do fotógrafo)
taxa de fecundidade total (TFT), no mundo, começou a cair a partir de 1960, passando de 5,02 filhos por mulher em 1960-65, para 2,53 filhos no quinquênio 2005-10. Ou seja, em 50 anos a TFT caiu pela metade. A queda média neste período foi de meio (1/2) filho por década. O destaque foram as décadas de 1960, 1970 e 1980 com uma queda conjunta de 2 filhos por mulher, pois a TFT mundial estava em 5,02 filhos no quinquênio 1960-65 e caiu para 3,04 filhos no quinquênio 1990-95. A maior redução aconteceu na década de 1970, com uma queda de 0,84 filhos, sendo que países como a China e o Brasil tiveram reduções expressivas.
Na década de 1990 a taxa de fecundidade continuou caindo, mas já apresentou uma desaceleração, pois a redução foi de 0,45 filho por mulher. Mas a quase estagnação aconteceu na primeira década do século XXI, com uma queda de somente 0,09 filho, pois a TFT estava em 2,59 filhos por mulher no quinquênio 2000-05 e caiu para 2,5 filhos por mulher no quinquênio 2010-15.
A projeção média da Divisão de População da ONU indica que a redução na fecundidade média da população mundial vai continuar desacelerando ao longo do século XXI. Ou seja, em 50 anos a TFT caiu 2,5 filhos por mulher, mas as projeções indicam que deve cair apenas meio (0,5) filho por mulher nos próximos 90 anos. No caso da hipótese média da ONU, que pressupõe a estabilização da TFT ao nível de reposição, o volume total de população mundial ficaria ao redor de 11 bilhões de habitantes em 2100. Se a TFT ficar meio (0,5) filho acima do nível de reposição a população mundial chegaria a quase 17 bilhões de habitantes em 2100. Mas se a TFT ficar meio (0,5) filho abaixo do nível de reposição a população mundial ficaria abaixo de 7 bilhões de habitantes em 2100.
(Fonte: EcoDebate)
Portanto, uma variação de apenas meio (0,5) filho por mulher pode fazer a população mundial variar em torno de 10 bilhões de habitantes nos próximos 90 anos, ou seja, entre 7 e 17 bilhões de indivíduos da raça humana, em 2100. O futuro está aberto.

A questão é que o mundo, em 2017, já conta com 7,5 bilhões de habitantes e já tem uma Pegada Ecológica 64% maior do que a biocapacidade da Terra. Além disto já ultrapassou 4 das 9 fronteiras planetárias, segundo metodologia do Stockholm Resilience Centre. A concentração de CO2 na atmosfera se aproxima de 410 partes por milhão (ppm), quando o nível minimamente seguro é 350 ppm. O aquecimento global e a subida do nível dos oceanos ameaça diretamente 2 bilhões de pessoas que vivem a menos de 2 metros do nível do mar. A degradação dos ecossistemas agrava as perspectivas ambientais para as próximas décadas. O Antropoceno está provocando a 6ª extinção em massa das espécies da Terra. Um acréscimo de quase 4 bilhões de habitantes nos próximos 85 anos vai colocar um grande desafio para a humanidade, pois a destruição da comunidade biótica pode inviabilizar a continuidade do progresso humano, sendo que o ecocídio é também um suicídio.
Em entrevista ao site IHU (25/03/2017), o sociólogo Giuseppe Fumarco mostra que mesmo pessoas preocupadas com a ecologia e com a possibilidade de uma catástrofe ambiental (como o Papa na encíclica Laudato si’) não abordam de maneira adequada a questão demográfica. Ele reafirma: “Partimos de uma primeira constatação banal: os 7 bilhões de indivíduos que povoam o planeta (entre os 8 e os 9 bilhões previstos para 2050) há muito tempo já superaram a capacidade do ecossistema que os sustenta. Cada alerta neste campo já é irremediavelmente tardio. A humanidade – em particular desde a Revolução Industrial – prosseguiu antropizando selvagem e destrutivamente a biocenose e o biótopo em que habitava e, assim, se metamorfoseou […]. Poderá (talvez) sobreviver, mas em condições psiquicamente alienadas. Para rastrear uma relação mais equilibrada com a natureza, devemos remontar para bem antes da Revolução Industrial”.
De forma semelhante, Charles St. Pierre (16/11/2016), tratando da armadilha do crescimento, mostra que todo sistema econômico e todo sistema auto-organizado que não se autolimita dentro das fronteiras estabelecidas pelo seu meio ambiente, cresce até exceder a capacidade do ecossistema para apoiá-lo e sustentá-lo. Em seguida, ele colapsa.
Mas em vez de se auto limitar diversos governos estão restringindo o acesso aos meios de regulação da fecundidade. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) colocaram como objetivo a “universalização dos serviços de saúde reprodutiva” até 2015. Evidentemente, este objetivo não foi alcançado. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem cerca de 225 milhões de mulheres, em período reprodutivo, sem acesso aos métodos contraceptivos. O governo Donald Trump está atacando os direitos reprodutivos e restringindo a atuação da Planned Parenthood Federation e cortando verbas para o apoio que a ONU fornece aos países menos desenvolvidos para melhorar a saúde sexual e reprodutiva.
A crise já bate à porta. O secretário-geral-adjunto para Assuntos Humanitários e Emergências da ONU, Stephen O’Brien, alertou, em março de 2017, que o mundo está sofrendo a maior crise humanitária nos mais de 70 anos de história da instituição. Ele pede recursos urgentes para Iêmen, Sudão do Sul, Nigéria e Somália, para evitar que um desastre como o da Segunda Guerra Mundial não voltasse a ocorrer, pois o que se vê atualmente é uma série de conflitos envenenados, em diversos lugares, que traça um balanço sinistro. O secretário-geral Antonio Guterres fez uma visita de emergência à Somália, afetada por uma grave seca que deixou ao país no limiar de uma epidemia de fome.
população humana gastou 1500 anos para dobrar de tamanho e deve gastar menos de 100 anos para quadruplicar de 2 bilhões em 1927 para 8 bilhões em 2025. Mesmo já ultrapassando a capacidade de carga do Planeta e já tendo dificuldades para garantir a segurança alimentar e a manutenção da biodiversidade, as projeções indicam que a população mundial pode chegar a mais de 11 bilhões de habitantes em 2100.
A continuidade do crescimento demoeconômico e da pegada antrópica, no contexto do metabolismo entrópico, pode levar ao colapso da economia moderna. Os custos sociais e ambientais podem ser catastróficos se a queda da fecundidade não se acelerar e se não houver um decrescimento da produção e do consumo da população mundial.


domingo, 5 de abril de 2020

Questionário avaliativo do 7º Ano

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Energias Renováveis






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Questões sobre a P - 4 Domínios Morfoclimáticos do Brasil




EXERCÍCIOS DE GEOGRAFIA DO BRASIL  





Acessem  o link abaixo para acessar os exercícios sobre a P - 4 Domínios Morfoclimáticos do Brasil Atenção não precisa copiar as perguntas no caderno.



P - 4 Domínios Morfoclimáticos do Brasil

O território brasileiro pode ser regionalizado a partir dos elementos naturais, denominado de Região natural, que corresponde a extensas áreas no qual há concentração de um específico elemento natural.

O Brasil, por possuir um território de extensão continental, favorece a formação de distintas formas de vegetações e climas, denominado pelo Geógrafo Aziz Ab’Saber de domínios morfoclimáticos, nesses estão inseridos aspectos do relevo, clima e vegetação, apresentados em diversas paisagens espalhadas pelo Brasil.

Segundo Ab’Saber, o Brasil apresenta os seguintes domínios:

Domínio Amazônico

Apresenta-se nas regiões de floresta Amazônica, essa é composta por matas fechadas e densas, formadas por árvores de grande, médio e pequeno porte, classificado em mata de várzea, mata de terra firme e igapó. A diversidade da vegetação é proveniente do clima quente e úmido e elevados índices pluviométricos que ocorrem de forma regular durante grande parte do ano. O relevo apresentado se restringe basicamente à planície e depressões.

Domínios da Caatinga

Ocorre no oeste do Nordeste e norte de Minas Gerais, a cobertura vegetal é composta por espécies da flora resistentes à falta de água. O clima é semi-árido, possui como principal característica a longa estiagem e chuvas irregulares no decorrer do ano. As altitudes variam de 200 a 800 metros acima do nível do mar, compostos por duas unidades de relevo: depressões e planaltos.

Domínios do Cerrado

Predomina no centro-oeste do Brasil no qual encontra os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a vegetação é composta por árvores tortuosas de pequeno porte, raízes profundas, cascas e folhas grossas, apesar disso, o cerrado demonstra outras variações ou classificações denominadas de subsistemas (cerrado comum, cerradão, campo limpo, campo sujo, subsistema de matas, de veredas e ambientes alagadiços). O clima é o tropical sub-úmido com duas estações bem definidas, uma seca e uma chuvosa. O relevo desse domínio é composto por planaltos e chapadas.

Domínio dos Mares de Morros
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A paisagem é formada por relevo acidentado, ou seja, há uma grande incidência de planaltos, serras e morros que sofreram desgastes erosivos, esse relevo abrange a floresta tropical (Floresta Atlântica), essa, em seu estágio natural, se apresentava desde o Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, quanto ao clima é o tropical úmido, as chuvas são regulares e bem distribuídas no decorrer do ano.

Domínios das Araucárias

Restringe-se aos estados da Região Sul do Brasil, essa vegetação é encontrada principalmente em planaltos mais elevados. A cobertura vegetal é formada por pinheiro-do-paraná, além da erva-mate e o cedro. O clima predominante é o subtropical, ou seja, uma transição entre o clima tropical e o temperado, com verões quentes e invernos rigorosos, apresenta as menores temperaturas do país e, em determinadas localidades, ocorre precipitação de neve.

Domínio das Pradarias

É formado por vegetações (herbáceas) rasteiras e gramíneas, relevo relativamente plano, suavemente ondulado. O clima é o mesmo do Domínio das Araucárias.

Faixa de Transição (Pantanal)

Apresenta características variadas, desde aspecto da caatinga até a floresta amazônica, o relevo que predomina são as planícies que se alagam nos períodos chuvosos. O clima desse domínio é o tropical com um período de seca e outro chuvoso.
Mapa dos domínios naturais do Brasil
Mapa dos domínios naturais do Brasil

Questões sobre P - 3 Regionalização Brasileira



EXERCÍCIOS DE GEOGRAFIA




Acessem  o link abaixo para acessar os exercícios sobre a P - 3 Regionalização Brasileira, ATENÇÃO não precisam copiar no caderno, as perguntas são somente para exercitar a mente e compreender mais o conteúdo.

EXERCÍCIOS DE GEOGRAFIA

P-3 Regionalização Brasileira

O Brasil é um país que possui grande extensão territorial (8.514.876 Km2), sendo considerado um país continental. Essa grande área já passou por diversas divisões administrativas. O Tratado de Tordesilhas (1494) foi o primeiro responsável por uma divisão no território que hoje corresponde ao Brasil, na qual a porção leste ficou sob domínio de Portugal e a porção oeste pertencendo à Espanha.

Outra divisão ocorreu com as Capitanias Hereditárias (1534), que consistiu na fragmentação do território brasileiro em quinze faixas de terra. Numa alternativa de administração territorial, o império português disponibilizou a algum membro da corte que fosse de confiança do Rei, uma das capitanias. Os donatários deveriam governar e promover o desenvolvimento da capitania na qual se tornasse responsável.


Posteriormente, com o intuito de adaptar às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos Estados em uma mesma região, o território nacional passou por diversas regionalizações.


Confira as distintas regionalizações do Brasil:

1913

Divisão regional de 1913

Essa proposta de divisão regional do Brasil surgiu para ser utilizada no ensino de geografia. Os critérios utilizados foram apenas os elementos – clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Norte Oriental, Oriental e Meridional.

1940

Em 1940, o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos elementos físicos, considerou os aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos estados do Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí e pelo território do Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas Gerais, a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul.

1945

Divisão regional de 1945


De acordo com a divisão regional estabelecida em 1945, o Brasil passou a ter sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na porção norte do Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual estado de Roraima; no norte do Pará foi criado o Estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste (batizado como território de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). O Sul, Paraná e Santa Catarina foram cortados a oeste, criando o território de Iguaçu.

1950
Ponta Porã e Iguaçu foram extintos, e os Estados do Maranhão e do Piauí passaram a integrar a região Nordeste. Bahia, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro formavam a região Leste. Brasília foi criada em 1960, e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste para a Região Centro-Oeste. Em 1962, o Acre tornou-se estado autônomo e o território de Rio Branco recebeu o nome de Roraima.

1970

Em 1970, o Brasil recebeu o desenho regional atual. Foi criada a região Sudeste, composta pelos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, sendo agrupados a Minas Gerais e Espírito Santo. O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo o território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido alguns anos depois, dando origem ao estado de Mato Grosso do Sul.

Divisão regional atual


1990

A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em virtude das alterações da Constituição de 1988. Com as mudanças realizadas, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O Estado do Tocantins foi criado após o desmembramento do norte de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado ao estado de Pernambuco.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

P -2 Povoamento e ocupação do território brasileiro

O início da ocupação europeia no território brasileiro, a partir do século XVI, foi parte da expansão territorial portuguesa no Atlântico, estimulada pela Revolução Comercial, que tornara a Europa sedenta por produtos tropicais, além de minerais. Nesse mesmo século foram iniciadas então a expropriação da população nativa e a devastação da floresta, com o povoamento e colonização. Inicialmente, navegadores, aventureiros e corsários se interessaram por produtos da terra, como o pau-brasil, estimulando os indígenas do litoral a coletarem madeiras e peles de animais adentrando nas matas, em troca de objetos de pouco valor.

Mapa do Brasil de 1574, elaborado pelo português Luís Teixeira.

Início da ocupação pelos portugueses

Somente algumas décadas após o “descobrimento”, Portugal voltou suas atenções para esse território, iniciando de fato o povoamento e desmatando grandes áreas para a agricultura, sobretudo da cana-de-açúcar. Para produzir o açúcar, aprisionaram e escravizaram indígenas, importaram escravos da África, trouxeram animais de tração da Europa e intensificaram a destruição da floresta. Os indígenas que se rebelaram, fugiram para o interior, sendo perseguidos pelos portugueses que, nessa busca, conquistaram mais terras.
No Sudeste do Brasil e na Bahia, a penetração foi bem mais expressiva ao final do século XVI, quando os bandeirantes se interiorizaram na busca por metais preciosos e índios para escravizar. Na Bahia, quem comandou a penetração foram fazendeiros à procura de terras para a pecuária, que também buscaram exterminar os indígenas resistentes.
No século XVIII, a ocupação já era mais intensa. Na bacia do São Francisco e parte do sertão nordestino, grandes latifúndios eram explorados diretamente pelos sesmeiros, ou por sitiantes que criavam animais e pagavam uma pensão ao proprietário.

Descoberta das Minas Gerais

Minas de ouro e de pedras preciosas foram descobertas pelos paulistas que adentravam novas terras, atraindo grandes migrações ao interior e formando arraiais de garimpeiros. Esse povoamento descontínuo se adensava em torno dos garimpos, originando vilas, muitas vezes, distantes entre si, como o núcleo situado nos Gerais e Diamantina, Vila Boa de Goiás e Cuiabá. Entre essas vilas, desenvolveram-se lavouras de subsistência e também atividades pecuárias. Aos poucos, estas áreas deram origem às Capitanias de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, desmembradas da então Capitania de São Vicente.

Povoamento do sul do Brasil

No sul do Brasil daqueles tempos, houve pouquíssimo povoamento no litoral, na porção ocidental interiorana se desenvolveu um Estado teocrático indígena, organizado pelos jesuítas, com a formação das missões. Lá desenvolviam a pecuária e a agricultura de subsistência. Essa civilização, com obras de arte monumentais, como a igreja de São Miguel, provocou suspeitas entre as coroas de Espanha e Portugal, além de despertar a cobiça dos bandeirantes que, em sucessivas incursões, destruíram vários núcleos missioneiros, escravizando indígenas, roubando o gado e desorganizando a estrutura de povoamento.
A colonização, ou dominação do território no sul do país ocorreu com população de origem portuguesa – colonos açorianos assentados no Rio Grande do Sul. Áreas percorridas por bandeirantes paulistas que se estabeleceram nas áreas de campo, desenvolvendo a pecuária, que ali encontrou condições ambientais favoráveis.
Por volta do século XIX, no sul do Brasil foram instaladas colônias baseadas no sistema de apropriação de terras, através de colonização oficial ou particular. Esse modo de ocupar as terras foi mais difundido nessa região, assentando distintas levas de imigrantes para além dos portugueses, como: alemães, italianos, árabes, poloneses e japoneses.

O mapa do Brasil em 1822, ano de fundação do Império do Brasil.

A ocupação da Amazônia e o norte do Brasil

A ocupação da Amazônia foi lenta. As distâncias eram enormes, o clima muito quente e úmido, os indígenas insubmissos e diversas doenças atingiam os navegadores e aventureiros. Os rios e seus afluentes foram percorridos por navegadores portugueses e espanhóis desde o século XVI, com vantagem para os lusitanos que se estabeleceram na foz do grande rio, em Belém, fazendo expedições de caça aos indígenas e à procura de drogas do sertão.
No século XVIII, com maior definição das fronteiras com a Espanha, Portugal estabeleceu um modelo de ocupação permanente, utilizando em princípio missões religiosas e, em seguida, estabelecimentos governamentais para reter o indígena e fazê-lo produzir para o mercado – madeiras, essências florestais, peixes salgados, couros e peles, entre outros.
Na segunda metade do século XIX, a exploração da borracha e da castanha provocariam uma intensificação da migração para a Amazônia, causando o abandono das roças de mantimentos e o aumento da exploração da seringueira e da castanheira. A economia se focou ao mercado externo, implantando-se os seringais nas margens dos rios, enquanto nos pontos de convergência de vários rios situaram-se vilas e cidades; dentre elas, Belém e Manaus tiveram grande crescimento populacional e comercial. O ciclo da borracha não duraria muito, porque a seringueira foi levada para o Sudeste Asiático, conquistando os mercados do Brasil. A estagnação e decadência duraram até a segunda metade do século XX, quando o povoamento foi adensado com a construção de rodovias e o desenvolvimento da mineração e da pecuária.

A ocupação da região central do país e Brasília

O processo de ocupação da Amazônia, desenvolvido a partir dos anos 1930, e o projeto de transferência da capital para o Planalto Central, foram feitos por algumas etapas: do Estado Novo de Vargas; de Juscelino, com ênfase na construção da capital Brasília e ligação do território nacional; a do período militar, com grande abertura para o capital estrangeiro e o emprego de grandes capitais na construção de rodovias e mineração; e a etapa que o geógrafo Manuel Correia de Andrade considera que se inicia em meados da década de 1990, caracterizada pela grande crise da chamada década perdida (1980) e a tentativa de recuperação.
No período Vargas, o governo desenvolveu projetos de colonização agrícola no chamado Mato Grosso de Goiás e no próprio Estado de Mato Grosso criou cinco territórios federais, visando dinamizar economicamente as áreas de fronteiras, desenvolvendo atividades em trechos distantes e pouco povoado. Destes territórios fronteiriços, três se transformaram em estados – Amapá, Roraima e Rondônia – e dois foram extintos em 1947: Iguaçu e Ponta-Porã (integrado ao atual estado do Mato Grosso do Sul, criado em 1975).
No período de Juscelino Kubitschek foi realizada a construção de Brasília, fazendo uma área antes formada por grandes fazendas de criação e terras devolutas quase despovoadas ser ocupada por cidades, formando núcleos urbanos que viviam em função da capital. A construção da cidade atraiu muitos migrantes, principalmente do Nordeste – os candangos – trazendo crescimento populacional a Goiás, graças à abertura de estradas. A inauguração da rodovia Belém-Brasília facilitou a penetração do povoamento até a porção sul do Maranhão e do Pará, influenciando a criação do Estado do Tocantins, em 1988.
Os militares, que ocuparam o poder de 1964 a 1985, desenvolveram uma política de expansão no Norte e no Centro-Oeste. Concluíram assim a construção de estradas que ligaram o Centro-Sul às principais cidades amazônicas, fortalecendo uma migração populacional no sentido Sul-Norte. Grandes projetos foram iniciados por grupos internacionais interessados na extração de minérios, desmatamento para a produção de celulose, entre outros. Concessões de terras desvantajosas também foram feitas também visando a extração de bauxita no Pará. Projetos como esses ocorreram por toda a região, acompanhados de concessões nas áreas próximas às rodovias, sobretudo para a pecuária bovina e localização de colonos que deveriam desenvolver produzir cacau e café para exportação. Essa política foi prejudicial ao país, por desconsiderar a inadequação de grande parte dos solos e o encarecimento dos produtos, devido às distâncias. Ademais, foi responsável pelo desmatamento de grandes áreas, erosão dos solos, poluição dos rios, além de estimular a formação de imensos latifúndios improdutivos.
O “vazio” demográfico existente em áreas de fronteira, o crescimento do narcotráfico e a penetração de garimpeiros estrangeiros, levaram o Exército a formular um projeto de ocupação e povoamento da fronteira, o Calha Norte, idealizado em 1985 durante o governo Sarney, que previa a ocupação militar de uma faixa do território nacional situada ao Norte da Calha do Rio Solimões e do Rio Amazonas.

Tratados e acordos para incorporação de territórios

  • Tratado de Tordesilhas (1494)
  • Tratado de Lisboa (1681) - devolução da Colônia de Sacramento
  • 1º Tratado de Utrecht entre Portugal e França (1713) estabeleceu as fronteiras portuguesas do norte do Brasil: o rio Oiapoque foi reconhecido como limite natural entre a Guiana e a Capitania do Cabo do Norte.
  • 2º Tratado de Utrecht entre Portugal e Espanha (1715) tratou da segunda devolução da Colônia de Sacramento a Portugal.
  • Tratado de Madri (1750) - anulou o tratado de Tordesilhas e redefiniu a fronteira do Brasil e as colônias espanholas. Portugal conquistou assim a maior parte da Bacia Amazônica, enquanto a Espanha ficou com toda a parte sul da Bacia do Prata.
  • Tratado de Santo Ildefonso (1777) confirmou o Tratado de Madri e devolveu a Portugal a ilha de Santa Catarina, ficando com a Espanha a Colônia de Sacramento e a região dos Sete Povos.
  • Tratado de Badajós entre Portugal e Espanha (1801) incorporou definitivamente os Sete Povos das Missões ao Brasil.
  • Tratado de Petrópolis (1903), negociado pelo Barão do Rio Branco com a Bolívia, incorporou ao Brasil a região do Acre.

Questões P - 1 sobre Território brasileiro: localização, extensão e fronteiras

Questionário sobre o tema da P - 1 

Território brasileiro: localização, extensão e fronteiras, ATENÇÃO, não há necessidade de copiar no caderno, atividades para exercitar o conteúdo.

Acessem o link abaixo para fazer as questões.

P- 1 Território brasileiro: localização, extensão e fronteiras

território brasileiro possui como característica principal a sua grande extensão, o que o faz ser considerado como um país de dimensões continentais, ou seja, apresenta uma área equivalente à de um continente, detendo 8.514.876 km² de extensão. Por definição, todo país ou região que apresente uma área maior que a da Austrália (7.692.024 km²) é considerado continental, pois esse país equivale à extensão, quase totalmente, do menor continente existente na Terra, a Oceania.
Assim sendo, o Brasil é o quinto maior país existente, ficando atrás de Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. Sua área é tão grande que, a título de comparação, é pouco menor que a Europa, que possui cerca de 10,5 milhões de km². Dessa forma, podemos ter uma ideia do quanto o espaço geográfico e também o meio natural do nosso país são amplos e diversos, apresentando as mais distintas características.
extensão do território brasileiro é marcada pela grande distanciação de seus pontos extremos de localização. No sentido norte-sul, o Brasil possui uma distância de 4.394 km entre o Monte Caburaí – ponto localizado no estado de Roraima e posicionado no extremo norte do país – e o Arroio Chuí, esse último posicionado no extremo sul, no Rio Grande do Sul. Já no sentido leste-oeste, a distância é bastante parecida, com 4.319 km separando a Nascente do Rio Moa (Acre), no extremo oeste, da Ponta do Seixas (Paraíba), no extremo leste.
Mapa dos pontos extremos brasileiros *
Mapa dos pontos extremos brasileiros *
Em termos de posição, a localização do território brasileiro é considerada a partir de vários fatores. O nosso país encontra-se em três hemisférios diferentes ao mesmo tempo: a maior parte no hemisfério sul, uma pequena parte no hemisfério norte e todo o seu território no hemisfério oeste. É cortado ao norte pela Linha do Equador e ao Sul pelo Trópico de Capricórnio, apresentando 92% de sua área em uma zona tropical.
Outro aspecto da posição geográfica do Brasil são as suas latitudes e longitudes, ou seja, as suas coordenadas geográficas, que costumam ser medidas a partir da Linha do Equador (latitudes) e a partir do Meridiano de Greenwich (longitudes). Sendo assim, em termos latitudinais, o território brasileiro estende-se desde algo próximo aos 5º Norte até cerca de 33º Sul. Em termos longitudinais, a extensão vai desde os 35º oeste até um pouco menos que os 75º oeste. Mas isso se desconsiderarmos algumas ilhas oceânicas situadas no Atlântico, essas posicionadas em longitudes um pouco menores.
Em razão de sua larga extensão no sentido leste-oeste, o Brasil apresenta uma variação grande de fusos horários, totalizando quatro regiões distintas. O primeiro fuso está duas horas atrasado em relação ao Meridiano de Greenwich (-2GMT, portanto) e abrange apenas as ilhas do Atlântico. O segundo e mais importante fuso (-3GMT) abrange a maioria dos estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal e a capital Brasília, sendo, portanto, o horário oficial do país. O terceiro fuso (-4GMT) abrange alguns estados a oeste, a saber: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e a maior parte do Amazonas. Já o quarto fuso (-5GMT) abrange uma pequena parte oeste do Amazonas e o estado do Acre.
Ao todo, o Brasil apresenta 23.102 km de fronteiras, sendo que 15.735 km são compostos por fronteiras terrestres e 7.367 km são fronteiras marítimas. Na América do Sul, o Brasil faz fronteira com quase todos os países do continente, com exceção apenas do Chile e também do Equador, o que representa toda a faixa de limitações terrestres do nosso país.
O Brasil faz fronteira com quase todos os países da América do Sul
O Brasil faz fronteira com quase todos os países da América do Sul
Já nas áreas oceânicas, as fronteiras brasileiras estendem-se durante todo o Oceano Atlântico e são formadas quase que totalmente por praias e regiões completamente habitáveis, elevando o potencial turístico brasileiro. Vale lembrar que, além do espaço terrestre, o Brasil detém soberania sobre 12 milhas além do litoral (Mar Territorial), sem falar nas zonas contíguas e zonas econômicas exclusivas, que foram estabelecidas em tratados internacionais.
Em geral, quando falamos em território brasileiro, falamos em um espaço muito amplo e privilegiado, pois, além de ser um dos maiores países do mundo, o Brasil também é um dos que possuem as maiores áreas habitáveis e produtivas. Isso acontece porque os países maiores do que o nosso apresentam, em geral, muitas áreas inóspitas, como regiões polares, montanhosas ou desérticas, o que praticamente inexiste no Brasil. Portanto, em termos naturais, podemos dizer que o Brasil é um espaço dotado de inúmeras riquezas e importâncias.
https://brasilescola.uol.com.br/brasil/territorio-brasileiro-localizacao-extensao-fronteiras.htm

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